Os donos de gatos muitas vezes se esquecem de manter a carteira de vacinação em dia, alegando que os animais não costumam sair às ruas. É um engano achar que assim eles estejam protegidos.

Prova disso é o aumento de casos de gripe nos bichanos, principalmente nos meses de outono e inverno. Chamada de rinotraqueíte felina, a doença se manifesta por meio dos seguintes sintomas:espirros (com liberação de secreção nasal), febre, rinite (que causa dificuldade respiratória) econjuntivite (olhos avermelhados com secreção).

Como a mucosa da boca se enche de aftas (lesões ulcerativas), é comum o animal babar. Isso porque a boca, a língua e os lábios estão machucados. Ao contrário do que muitos pensam, não se trata de raiva. Nesses casos, os gatos param de comer e beber devido às fortes dores que sentem na região, o que debilita o bichano.

Contagiosa, a doença é transmitida entre os próprios gatos. Mesmo aqueles que se recuperam se tornam portadores assintomáticos, ou seja, conservam o vírus latente em seu organismo.

Para evitar o transtorno, os gatos devem ser vacinados ainda filhotes, a partir de oito semanas, em gatos mais velhos, o reforço deve ser feito anualmente. Apesar de acometer gatos de todas as faixas etárias, os filhotes e os idosos (a partir de 7 anos) são mais suscetíveis.

Os bebês ainda não possuem um sistema imunológico desenvolvido, sendo vítimas de infecções virais e bacterianas. O mesmo acontece com os idosos, que, em muitos casos, já têm outrasdoenças associadas e são mais debilitados.

Além de analisar os sintomas, o diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais específicos. Já no tratamento são administrados antibióticos e terapia de suporte, como hidratação durante internação e nutrição complementar.

É essencial que os procedimentos comecem assim que a doença for diagnosticada, principalmente para aliviar a dor do animal e manter o bem-estar deles. Também vale lembrar que esses animais devem ficar em isolamento.